Quando, a 9 de Novembro de 2011, cruzava os céus do Cuanza-Norte um voo experimental com destino ao Aeroporto Municipal do Cazengo, a pouco mais de sete quilómetros de Ndalatando, capital da província, adivinhava-se o surgimento de um edifício que seria a “porta de entrada” para investimentos na região. Não ocorreu às pessoas que, pouco tempo depois da abertura, a imponente infra-estrutura aérea fosse converter-se num gigante adormecido.
A infra-estrutura aeroportuária de Ndalatando recebe poucas aeronaves, o que em nada abona o investimento feito pelo Governo angolano
Fotografia: Nilo Mateus | Edições Novembro| Ndalatando
De lá para cá, passaram-se mais de 2.340 dias, qualquer coisa como seis anos e quatro meses. As obras da estrutura aeroportuária do Cuanza-Norte foram avaliadas em 57 milhões de dólares e duraram aproximadamente dois anos. A reestruturação, que ocorreu depois de quase oito anos de encerramento, enquadrou-se no âmbito do programa do Executivo de reabilitação e modernização de toda a rede aeroportuária, rodoviária, ferroviária, marítima e aérea.
A reinauguração do empreendimento, inserida, na altura, nas festividades do 36º aniversário da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975, coube a Augusto da Silva Tomás, ainda hoje ministro dos Transportes.
Na altura, o governante descreveu que a reinauguração do Aeroporto de Carianga, baptizado com o nome de Comandante Ngueto, era a demonstração plena de que a paz e a estabilidade política constituíam factores fundamentais para o bem-estar dos angolanos. O governante apontou que o Aeroporto do Cuanza-Norte, além do conforto para o tráfego aéreo local, desempenhava um papel fundamental na facilitação das ligações entre a província do Cuanza-Norte e o resto do país.
Este aspecto tinha um impacto positivo na economia da região, com realce para o progresso do sector dos transportes, que iria permitir, por arrasto, o aumento do emprego e da produção de bens e serviços, apoiando a coesão com outras províncias.
Henrique André Júnior, então governador do Cuanza-Norte, disse que o aeroporto da localidade de Carianga era uma “porta de entrada” fundamental para os investimentos, escassos na província. O agora deputado tinha a convicção de que, com o potencial do local e o trabalho que ia ser desenvolvido, o aeródromo facilitava a deslocação de gente de negócios para estas paragens. Isto ocorre de facto, mas com fraca frequência.
Tecnologia de ponta
A estrutura do Aeroporto de Ndalatando foi devidamente apetrechada. A imponente infra-estrutura possui dois pisos, áreas reservadas para escritórios e “check-in”. O terminal pode albergar 100 passageiros e está equipado com tecnologia de ponta.
As obras de restauro do Aeroporto de Carianga envolveram a construção de um hangar, com capacidade para quatro aviões, a modernização e ampliação da placa de apoio à descolagem e à aterragem de aeronaves. Todas as suas componentes foram feitas com rigor.
A estrutura possui salas de embarque e de desembarque, balcões, tapetes rolantes e salas vip. Conta também com uma torre de controlo, com 25 metros de altura, assim como uma área reservada aos “Perdidos e Achados”. Tem, além destas dependências, sala de última espera, com restaurante, lavabos, sistema de som, telas informativas e uma área para o corpo de bombeiros. Este, que antes não existia, dispõe de viaturas de apoio às operações.
A área tem disponível um sistema independente de alimentação de água e todas as zonas de serviço estão climatizadas. Além da unidade de bombeiros, o Aeroporto Comandante Ngueto conta com um sistema anti-fogo, que funciona 24 horas por dia, accionado automaticamente, quando ocorrem focos de incêndio. Este sistema funciona com energia da rede e com um gerador. O recinto aeroportuário conta com serviços de meteorologia, alfândegas e unidades da Polícia Nacional.
Na componente estrutural do aeroporto existem zonas de raio X, de recolha e transporte de bagagens, sistemas de comunicações e uma central eléctrica com capacidade à altura de sustentar todo o aeroporto. A imponente infra-estrutura do Cuanza-Norte possui um parque de estacionamento para 50 viaturas.
A construção do Aeroporto de Carianga surgiu em substuição do antigo campo de aviação, no bairro do Kilamba Kiaxi, zona centro-sul da cidade de Ndalatando. No tempo colonial, essa localidade exerceu um papel importante no transporte de café e sisal.
A província do Cuanza-Norte situa-se no interior noroeste de Angola e conta com uma área de cerca de 24.110 quilómetros quadrados. A região é limitada, a Norte, pela província do Uíge, a Oeste, pelo Bengo, a Este, por Malanje, e, a Sul, pelo Cuanza-Sul. O Cuanza-Norte tem como capital a cidade de Ndalatando, que, na época colonial, era conhecida por Salazar. A província conta, além do Cazengo, onde se situa a capital Ndalatando, com os municípios de Ambaca, Banga, Bolongongo, Cambambe, Golungo Alto, Ngonguembo, Lucala, Quiculungo e Samba Caju.
Aviões de pequeno e médio porte
O Aeroporto Comandante Ngueto, em Carianga, foi concebido para receber aviões de pequeno e médio porte, o que explica a falta de movimento. De acordo com a vice-governadora do Cuanza-Norte para o Sector Político, Social e Económico, Leonor Garibaldi, outros factores concorrem para a situação. Apontou a paz reinante no país, que permite a livre circulação de pessoas e bens, e o facto de a província estar localizada a cerca de 248 quilómetros de Luanda, capital do país.
“Uma viagem de Luanda para Ndalatando e vice-versa pode ser feita em menos de três horas, facto que contribui para que a população adira mais aos transportes terrestes, em detrimento dos aéreos”, sustentou.
Leonor Garibaldi sublinhou que a outra questão que afasta a população dos serviços aeroportuários tem a ver com o preço dos bilhetes de passagem, que têm diferenças consideráveis, em relação aos praticados para as viagens de carro e de comboio.
Neste sentido, explicou que, actualmente, o Aeroporto de Carianga é mais utilizado em casos de emergência. A governante exemplificou a situação que ocorreu durante o resgate dos fiéis da Igreja Tocoista, feridos num acidente de comboio, no município de Samba Caju.
“A viagem pode ser rápida, mas se tivermos em conta que, ao chegar ao Aeroporto de Luanda, por exemplo, temos de esperar pela recepção de bagagem e apanhar um táxi até ao destino, acaba por ser mais desgastante”, argumentou.
O outro problema apontado pela vice-governadora do Cuanza-Norte está relacionado com as mercadorias que podem ser transportadas em maior volume em camiões, autocarros ou de comboio, o que não acontece em pequenas aeronaves.
A vice-governadora disse que, na altura do investimento para a construção do aeroporto, o Governo previa a regularidade do tráfego das aeronaves, mas, com a melhoria das estradas, a situação fez com que estas fossem a melhor opção para a população. Leonor Garibaldi acredita, porém, que, dentro de pouco tempo, o Estado vai encontrar outras opções para o uso do aeroporto, de forma a rentabilizá-lo.
O Jornal de Angola procurou, sem sucesso, trazer a perespectiva da ENANA, instituição que gere os aeroportos do país. Contactos com a área de comunicação da empresa na província revelaram-se infurtíferos, pois qualquer declaração à imprensa passa pela autorização de Luanda, que, entretanto, não chegou, até véspera da publicação da reportagem.
Habitantes unânimes
Habitantes de Ndalatando são quase unânimes, quanto à preferência em viajar de comboio, autocarro e táxi, ao invés do avião, por os serviços serem mais baratos. José António Bento, funcionário público de 55 anos, nunca viajou de avião, sendo, por isso, um sonho que gostaria de realizar. Porém, o preço de dez mil kwanzas, para o bilhete, é um empecilho.
“Tenho um salário de 55 mil kwanzas, subtraindo dez mil, que valor usaria para o sustento da família?”, interrogou-se, acrescentando que é mais económico optar pelos autocarros, táxis e comboios, que cobram entre 2.000 e 2.500 kwanzas por viagem.
Aurora dos Santos, professora, afirma que a contenção de gastos ajuda na melhoria da economia familiar. Apesar de reconhecer as vantagens do transporte aéreo, devido à rapidez e à eficácia, prefere viajar de carro, por ser mais barato.
“Como habitualmente, as pessoas viajam com bagagens consideráveis, tornar-se-ia ainda mais dispendioso optar pelo avião. Daí o recurso aos transportes rodoviários e ferroviários”, disse a professora.
Situações pontuais e de emergência
A criação do Aeroporto Comandante Ngueto, em Carianga, nasceu da ideia do reforço do tráfego aéreo e da geração de lucro, quer para a empresa aeroportuária, quer para os vários segmentos produtivos da região, através do transporte de pessoas e bens.
A afirmação é do economista Jeremias Bartolomeu, para quem a inoperância do Aeroporto de Ndalatando, passados mais de seis anos da sua reinauguração, é uma situação adversa aos propósitos para os quais a infra-estrutura foi criada.
Neste momento, o aeródromo é apenas utilizado para situações de emergência ou para o transporte de dinheiro de alguns bancos que operam na região, de vez em quando, de acordo com o economista. Jeremias Bartolomeu sustenta que uma das principais funções de um aeroporto é, precisamente, actuar no apoio aos negócios da cidade onde se implementa, reforçando todas as cadeias produtivas, através da rápida mobilidade.
“É uma infra-estrutura que garante rapidez, viagens dinâmicas, permitindo a ligação de uma região com outras do mesmo país ou do mundo afora, num curto espaço de tempo. O aeroporto faz com que a cidade onde é criado seja uma aldeia global”, explicou.
Jeremias Bartolomeu acredita que, se funcionasse em pleno, o Aeroporto seria um “potente motor”, para o desenvolvimento económico da província, atraindo empreendimentos ligados a diversas empresas. Nesse particular, o economista conta, entre estes empreendimentos, os ligadas à agricultura, pequenas indústrias, comércio, telecomunicações e logística, hotelaria e entretenimento.
Porém, enquanto aguarda por um tráfego mais significativo, a unidade aeroportuária da província do Cuanza-Norte vai servindo apenas para algumas situações pontuais. Esta é, de resto, uma situação que em nada ajuda a alavancar economia desta região do interior do país.
Fonte: Jornal de Angola
A infra-estrutura aeroportuária de Ndalatando recebe poucas aeronaves, o que em nada abona o investimento feito pelo Governo angolano
Fotografia: Nilo Mateus | Edições Novembro| Ndalatando
De lá para cá, passaram-se mais de 2.340 dias, qualquer coisa como seis anos e quatro meses. As obras da estrutura aeroportuária do Cuanza-Norte foram avaliadas em 57 milhões de dólares e duraram aproximadamente dois anos. A reestruturação, que ocorreu depois de quase oito anos de encerramento, enquadrou-se no âmbito do programa do Executivo de reabilitação e modernização de toda a rede aeroportuária, rodoviária, ferroviária, marítima e aérea.
A reinauguração do empreendimento, inserida, na altura, nas festividades do 36º aniversário da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975, coube a Augusto da Silva Tomás, ainda hoje ministro dos Transportes.
Na altura, o governante descreveu que a reinauguração do Aeroporto de Carianga, baptizado com o nome de Comandante Ngueto, era a demonstração plena de que a paz e a estabilidade política constituíam factores fundamentais para o bem-estar dos angolanos. O governante apontou que o Aeroporto do Cuanza-Norte, além do conforto para o tráfego aéreo local, desempenhava um papel fundamental na facilitação das ligações entre a província do Cuanza-Norte e o resto do país.
Este aspecto tinha um impacto positivo na economia da região, com realce para o progresso do sector dos transportes, que iria permitir, por arrasto, o aumento do emprego e da produção de bens e serviços, apoiando a coesão com outras províncias.
Henrique André Júnior, então governador do Cuanza-Norte, disse que o aeroporto da localidade de Carianga era uma “porta de entrada” fundamental para os investimentos, escassos na província. O agora deputado tinha a convicção de que, com o potencial do local e o trabalho que ia ser desenvolvido, o aeródromo facilitava a deslocação de gente de negócios para estas paragens. Isto ocorre de facto, mas com fraca frequência.
Tecnologia de ponta
A estrutura do Aeroporto de Ndalatando foi devidamente apetrechada. A imponente infra-estrutura possui dois pisos, áreas reservadas para escritórios e “check-in”. O terminal pode albergar 100 passageiros e está equipado com tecnologia de ponta.
As obras de restauro do Aeroporto de Carianga envolveram a construção de um hangar, com capacidade para quatro aviões, a modernização e ampliação da placa de apoio à descolagem e à aterragem de aeronaves. Todas as suas componentes foram feitas com rigor.
A estrutura possui salas de embarque e de desembarque, balcões, tapetes rolantes e salas vip. Conta também com uma torre de controlo, com 25 metros de altura, assim como uma área reservada aos “Perdidos e Achados”. Tem, além destas dependências, sala de última espera, com restaurante, lavabos, sistema de som, telas informativas e uma área para o corpo de bombeiros. Este, que antes não existia, dispõe de viaturas de apoio às operações.
A área tem disponível um sistema independente de alimentação de água e todas as zonas de serviço estão climatizadas. Além da unidade de bombeiros, o Aeroporto Comandante Ngueto conta com um sistema anti-fogo, que funciona 24 horas por dia, accionado automaticamente, quando ocorrem focos de incêndio. Este sistema funciona com energia da rede e com um gerador. O recinto aeroportuário conta com serviços de meteorologia, alfândegas e unidades da Polícia Nacional.
Na componente estrutural do aeroporto existem zonas de raio X, de recolha e transporte de bagagens, sistemas de comunicações e uma central eléctrica com capacidade à altura de sustentar todo o aeroporto. A imponente infra-estrutura do Cuanza-Norte possui um parque de estacionamento para 50 viaturas.
A construção do Aeroporto de Carianga surgiu em substuição do antigo campo de aviação, no bairro do Kilamba Kiaxi, zona centro-sul da cidade de Ndalatando. No tempo colonial, essa localidade exerceu um papel importante no transporte de café e sisal.
A província do Cuanza-Norte situa-se no interior noroeste de Angola e conta com uma área de cerca de 24.110 quilómetros quadrados. A região é limitada, a Norte, pela província do Uíge, a Oeste, pelo Bengo, a Este, por Malanje, e, a Sul, pelo Cuanza-Sul. O Cuanza-Norte tem como capital a cidade de Ndalatando, que, na época colonial, era conhecida por Salazar. A província conta, além do Cazengo, onde se situa a capital Ndalatando, com os municípios de Ambaca, Banga, Bolongongo, Cambambe, Golungo Alto, Ngonguembo, Lucala, Quiculungo e Samba Caju.
Aviões de pequeno e médio porte
O Aeroporto Comandante Ngueto, em Carianga, foi concebido para receber aviões de pequeno e médio porte, o que explica a falta de movimento. De acordo com a vice-governadora do Cuanza-Norte para o Sector Político, Social e Económico, Leonor Garibaldi, outros factores concorrem para a situação. Apontou a paz reinante no país, que permite a livre circulação de pessoas e bens, e o facto de a província estar localizada a cerca de 248 quilómetros de Luanda, capital do país.
“Uma viagem de Luanda para Ndalatando e vice-versa pode ser feita em menos de três horas, facto que contribui para que a população adira mais aos transportes terrestes, em detrimento dos aéreos”, sustentou.
Leonor Garibaldi sublinhou que a outra questão que afasta a população dos serviços aeroportuários tem a ver com o preço dos bilhetes de passagem, que têm diferenças consideráveis, em relação aos praticados para as viagens de carro e de comboio.
Neste sentido, explicou que, actualmente, o Aeroporto de Carianga é mais utilizado em casos de emergência. A governante exemplificou a situação que ocorreu durante o resgate dos fiéis da Igreja Tocoista, feridos num acidente de comboio, no município de Samba Caju.
“A viagem pode ser rápida, mas se tivermos em conta que, ao chegar ao Aeroporto de Luanda, por exemplo, temos de esperar pela recepção de bagagem e apanhar um táxi até ao destino, acaba por ser mais desgastante”, argumentou.
O outro problema apontado pela vice-governadora do Cuanza-Norte está relacionado com as mercadorias que podem ser transportadas em maior volume em camiões, autocarros ou de comboio, o que não acontece em pequenas aeronaves.
A vice-governadora disse que, na altura do investimento para a construção do aeroporto, o Governo previa a regularidade do tráfego das aeronaves, mas, com a melhoria das estradas, a situação fez com que estas fossem a melhor opção para a população. Leonor Garibaldi acredita, porém, que, dentro de pouco tempo, o Estado vai encontrar outras opções para o uso do aeroporto, de forma a rentabilizá-lo.
O Jornal de Angola procurou, sem sucesso, trazer a perespectiva da ENANA, instituição que gere os aeroportos do país. Contactos com a área de comunicação da empresa na província revelaram-se infurtíferos, pois qualquer declaração à imprensa passa pela autorização de Luanda, que, entretanto, não chegou, até véspera da publicação da reportagem.
Habitantes unânimes
Habitantes de Ndalatando são quase unânimes, quanto à preferência em viajar de comboio, autocarro e táxi, ao invés do avião, por os serviços serem mais baratos. José António Bento, funcionário público de 55 anos, nunca viajou de avião, sendo, por isso, um sonho que gostaria de realizar. Porém, o preço de dez mil kwanzas, para o bilhete, é um empecilho.
“Tenho um salário de 55 mil kwanzas, subtraindo dez mil, que valor usaria para o sustento da família?”, interrogou-se, acrescentando que é mais económico optar pelos autocarros, táxis e comboios, que cobram entre 2.000 e 2.500 kwanzas por viagem.
Aurora dos Santos, professora, afirma que a contenção de gastos ajuda na melhoria da economia familiar. Apesar de reconhecer as vantagens do transporte aéreo, devido à rapidez e à eficácia, prefere viajar de carro, por ser mais barato.
“Como habitualmente, as pessoas viajam com bagagens consideráveis, tornar-se-ia ainda mais dispendioso optar pelo avião. Daí o recurso aos transportes rodoviários e ferroviários”, disse a professora.
Situações pontuais e de emergência
A criação do Aeroporto Comandante Ngueto, em Carianga, nasceu da ideia do reforço do tráfego aéreo e da geração de lucro, quer para a empresa aeroportuária, quer para os vários segmentos produtivos da região, através do transporte de pessoas e bens.
A afirmação é do economista Jeremias Bartolomeu, para quem a inoperância do Aeroporto de Ndalatando, passados mais de seis anos da sua reinauguração, é uma situação adversa aos propósitos para os quais a infra-estrutura foi criada.
Neste momento, o aeródromo é apenas utilizado para situações de emergência ou para o transporte de dinheiro de alguns bancos que operam na região, de vez em quando, de acordo com o economista. Jeremias Bartolomeu sustenta que uma das principais funções de um aeroporto é, precisamente, actuar no apoio aos negócios da cidade onde se implementa, reforçando todas as cadeias produtivas, através da rápida mobilidade.
“É uma infra-estrutura que garante rapidez, viagens dinâmicas, permitindo a ligação de uma região com outras do mesmo país ou do mundo afora, num curto espaço de tempo. O aeroporto faz com que a cidade onde é criado seja uma aldeia global”, explicou.
Jeremias Bartolomeu acredita que, se funcionasse em pleno, o Aeroporto seria um “potente motor”, para o desenvolvimento económico da província, atraindo empreendimentos ligados a diversas empresas. Nesse particular, o economista conta, entre estes empreendimentos, os ligadas à agricultura, pequenas indústrias, comércio, telecomunicações e logística, hotelaria e entretenimento.
Porém, enquanto aguarda por um tráfego mais significativo, a unidade aeroportuária da província do Cuanza-Norte vai servindo apenas para algumas situações pontuais. Esta é, de resto, uma situação que em nada ajuda a alavancar economia desta região do interior do país.
Fonte: Jornal de Angola
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